Quem não fica em dúvida na hora de adoçar o cafezinho com adoçante, depois de ver tantos disparos contra essa substância na mídia?
O consenso entre os especialistas diz que o adoçante traz benefícios para a saúde, desde que utilizado com moderação. “O exagero nunca faz bem. Por exemplo, uma pessoa que toma quatro latas de refrigerante diet por dia vai consumir 120 latinhas no fim do mês. A falta de equilíbrio não é um problema apenas com o adoçante, mas com a alimentação em geral”, explica Celso Cukier, nutrólogo e coordenador da Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE).
Constituídos por edulcorantes – substâncias responsáveis pelo sabor doce – os adoçantes têm poder de adoçamento extremamente maior que o do açúcar. Alguns podem ser utilizados para cozinhar por terem estabilidade suficiente para não perder o sabor doce quando expostos a alta temperatura, como o acesulfame K e a sucralose. O órgão que regulamenta a alimentação e os medicamentos nos Estados Unidos, o Food and Drug Administration (FDA) recomenda que o consumo diário de adoçantes dietéticos seja de quatro a seis pacotinhos de um grama quando em pó, e de 9 a 10 gotas para os líquidos.
Conheça todos os tipos de adoçantes:
Dentre os adoçantes artificiais:
Aspartames: É o tipo mais utilizado entre os adoçantes, tem capacidade de adoçar 200 vezes mais que a sacarose. Seu valor energético é de 4 calorias/gramas. Deve ser evitado por pessoas que sofrem de fenilcetonúria, pois contém fenilalanina em sua composição.
Sacarina: É o tipo mais antigo de adoçantes com capacidade de adoçar 500 vezes mais que a sacarose, porém deixa sabor residual na boca. É bastante utilizado em alimentos, cosméticos e medicamentos.
Ciclamato: É bastante utilizado em alimentos, mas é proibido em alguns países por provocar efeitos cancerígenos, mutantes em células e alérgicos. Adoça 50 vezes mais que a sacarose.
Sucralose: É bastante utilizada em produtos esterilizados, UHT, pasteurizados e assados, pois é estável à grandes temperaturas. É eliminada totalmente do organismo pela urina num prazo máximo de 24 horas. Não produz cáries e reduz a produção de ácidos que as produzem. Adoça 600 vezes mais que a sacarose.
Acessulfame-k: É o adoçante mais resistente ao tempo e a altas temperaturas. Adoça 200 vezes mais que a sacarose e é eliminada totalmente pelo organismo através da urina.
Dentre os adoçantes naturais temos:
Frutose: É extraído de frutas, cereais e mel, tem capacidade de adoçar 173 vezes mais que a sacarose. Deve ser usado com moderação já que provoca cáries e tem consumo limitado para diabéticos.
Sorbitol: Originado de frutas e algas marinhas, adoça 50 vezes mais que a sacarose. Seu uso é restrito a pessoas que não são diabéticas e que não são obesas. Resiste a altas temperaturas, à evaporação e ao cozimento.
Manitol: É encontrado em vegetais e algas marinhas, tem capacidade de adoçar 70 vezes mais que a sacarose. Não é recomendado a diabéticos e produz efeito laxativo se usado em grandes quantidades.
Esteovídeo: Tem capacidade de adoçar 300 vezes mais que a sacarose e é encontrado na planta Stevia Rebaudiana. Não contém calorias e é estável em altas temperaturas.